Corrupto não é exclusividade nacional. Mas o noticiário dos últimos dias deu ao delinquente uma aparência de jabuticaba. Sabe-se que o corrupto é encontrado em várias partes do mundo. Porém, tem-se a sensação de que todas localizam-se no Brasil.
Ao transitar da ditadura para a democracia, o país evoluíra também em matéria de escândalos. Antes encobertos, os crimes escalaram as manchetes. Sob Collor, atingiu-se o que parecia ser o ápice da bandalheira. Lamentável por um lado. Bom por outro.
Triste porque o crime, por desavergonhado, levou à deposição do próprio presidente. Alvissareiro porque imaginou-se que o país absorvera algumas lições que levariam ao aperfeiçoamento do regime.
Hoje, numa fase em que o ex-PT comanda uma administração apoiada até por Collor –mandado ao Senado por eleitores incorrigíveis— bóia no ar uma interrogação: aonde vai parar a delinquência que envenena a política brasileira?
Num dos textos levados à sua coluna deste domingo (17), o repórter Elio Gaspari como que exuma os delitos mais recentes –ou menos remotos. Quem atravessa o texto verifica que, entre o primeiro escândalo de Lula (Waldomiro Diniz) e o penúltimo de Dilma (Transportes), a roubalheira adquiriu método. (Folha de S. Paulo )
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