A ida de Pagot, afastado do cargo pela presidente Dilma Rousseff, ao Senado era esperada desde a semana passada, quando líderes da oposição o convidaram a explicar as suspeitas de um suposto esquema de fraudes em licitações no ministério dos Transportes.
Em sua fala, Pagot ressaltou que o DNIT administra neste momento 1.156 contratos de obras em execução, dos quais o Tribunal de Contas da União (TCU) fiscaliza, pelo menos, 400. Nesse cenário, ele afirmou que, "se algum malfeito ocorre", imediatamente os órgãos de controle acionam o órgão para que sejam feitas as correções devidas. Segundo Pagot, ocorre sistematicamente uma confusão entre sobrepreço, superfaturamento e aditivos contratuais. Ele ressaltou que, no caso dos aditivos, por exemplo, são obrigatórios porque a lei determina que os preços das obras sejam atualizados anualmente.
O líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), ressaltou, contudo, que os preços das obras no Brasil são muitos superiores àqueles praticados em outros países. "É ingenuidade esperar que a gente acredite que tudo que se fez foi correto, os preços estão inflados demais e provocam irritação em todo mundo", criticou o tucano, ressaltando que "uma obra de 17 quilômetros não pode custar R$ 300 milhões".
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